E o meio?
Simpatizo muito com pessoas que votam em colheres de pau nas autárquicas. É gente com categoria, vê-se logo. É preciso dizer, em abono da verdade, que as ideias políticas de uma colher de pau superam claramente as de qualquer reles sandália. E gente com capacidade para perceber isto merece respeito. É verdade que não há muitos que o façam, mas também a inteligência é um bem raro entre nós. Aliás, sempre que assisto a uma notícia sobre a exploração espacial e a procura de vida inteligente extraplanetária, imagino imediatamente o dia em que as manchetes dos jornais de todo o mundo serão algo como “Cientistas anunciam possibilidade de vida inteligente na Terra!”. Há quem diga que vivo de ilusões, mas acredito que um dia isto ainda se concretiza. Outros dirão que sou maluquinho. Estou-me nas tintas: não me preocupa rigorosamente nada que usem essa mariquice dos diminutivos. Enfim, toda esta introdução para quê? Felizmente, se tudo correr bem, para nada. Há muito que desejava escrever um texto com princípio e fim, mas sem meio. E aqui está ele. Deve o leitor presumir, portanto, que perdeu o seu precioso tempo a ler uma introdução e uma conclusão (por sinal estúpidas) e que este texto não possui, na verdadeira acepção da palavra, um assunto? Sim, deve.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home