segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Gente que IRRITA...

Epah, há aí um certo tipo de gente que me anda sinceramente a irritar. Eu não queria dizer nada, até porque não gosto de dizer mal de ninguém, mas a verdade é que essa classe social bem definida que é a arbitragem já merecia um comentário meu. Pois é, não é que esses malandros, além de se armarem em gente séria a toda a hora, ainda querem passar a ideia de que sabem distinguir um jogo de futebol de uma luta de galos! Neste momento, acho que estou apto a dizer o seguinte: aquilo é malta que em casa obedece a cada ordem da mulher. É que só pode... A mulher manda neles e eles vêm para ali que é para poderem mandar em alguém. Depois há outros que, além da mulher, ainda recebem ordens da sogra. E há mesmo uns em quem toda a gente manda: estes são aqueles a quem o Pastor Alemão, duas vezes por dia, leva à rua para fazerem as necessidades. Mas isso são 60% deles. O resto são homossexuais frustrados que não têm outra maneira de verem vinte e dois homens a praticarem desporto tão de perto. Os árbitros são, por norma, pessoas (ou lá o que lhes valha) que não conseguiram ser futebolistas. Por exemplo, a jogar com os amigos na escola eram geralmente aqueles que ficavam de fora por sobrarem ou mesmo para não estorvarem. Resultado: não os deixaram jogar, dedicaram-se à arbitragem, que é no fundo a maneira legal de fazer com que os outros também não joguem. Aposto até que o Jorge Coroado andou na escola com o João Pinto: daí aquela amizade... Mas o que mais me chateia é que, apesar de não saberem fazer contas de subtrair, se acham com moral para dizer com toda a certeza que viram aquilo que trinta e tal câmaras e não sei quantos milhões de espectadores não viram. E isto é comum a todos; estão sempre certos da merda que fizeram. Haja um que diga:

Não, não! Eu sou um paneleiro dum ladrão que, por um relógio suíço e uma sandes de mortadela, assinalei dois penaltys que nem a favor do Porto se assinala e anulei cinco golos por alegada mão na bola por parte de um avançado que, por sinal, nem braços tinha...

Assim, sim. Errava-se mas admitia-se. Já é tortura ver a bola com relatos de um Gabriel Alves, para quem qualquer trem de cozinha joga mais à bola que um Maradona; agora ter de ver esse mesmo jogo arbitrado por alguém que exerce a profissão de serralheiro (com o devido respeito pelos serralheiros) e que defende que a teoria da relatividade de Einstein é uma marca barata de schampoo anti-caspa e que Vasco da Gama foi um célebre vendedor de castanhas da Baixa Lisboeta já é esticar a corda. Aquilo que eu propunha era que os cursos de arbitragem, além de passarem a ser leccionados por gente credível e não por outros árbitros, passassem a ter como cadeiras obrigatórias, por exemplo, as disciplinas de Introdução à Boa Educação, Filosofia do Bom Carácter, Desenvolvimento do Intelecto, Ciências daquilo que todos vêem menos o árbitro e, se ainda houvesse tempo, qualquer coisa que os ensinasse a vestir à homem...